Quanto tempo você gasta limpando dados?

Se sua fábrica é como a maioria das operações conectadas, provavelmente você tem toneladas de dados brutos fluindo de dispositivos conectados para sistemas empresariais existentes, bancos de dados personalizados e um data lake na nuvem. Essa arquitetura muitas vezes resulta em dados inconsistentes e até mesmo inutilizáveis por várias razões.

Sabemos que a nuvem é uma ferramenta-chave para a transformação digital. Ela fornece a escalabilidade e a capacidade de armazenamento necessárias para coletar e interpretar grandes volumes de dados provenientes do nível operacional.

No entanto, por natureza, as plataformas em nuvem são ferramentas voltadas para TI. Elas estruturam os dados de forma diferente dos sistemas operacionais, o que significa que a equipe de TI precisa gastar muito tempo limpando os dados antes que eles possam ser usados. E se os dados forem diretamente para diferentes sistemas empresariais, várias equipes em toda a organização irão limpar os dados de forma independente, resultando em diferentes versões da verdade.

Na HighByte, desenvolvemos nosso Intelligence Hub para usuários de OT (tecnologia operacional). Ele foi projetado especificamente para modelar e gerenciar dados do chão de fábrica na borda, sem a necessidade de escrever ou manter código. Levando isso em consideração, identificamos seis maneiras pelas quais a modelagem de OT na borda pode levar sua transformação digital para o próximo nível.

1.Dê controle à equipe de OT ( Tecnologia Operacional)

Trabalhar com os dados industriais provenientes de CLPs, controladores de máquinas, RTUs e sensores inteligentes é um desafio de integração. Esses dados foram projetados para o controle de processos e não para casos de uso típicos em nuvem, como manutenção preditiva de ativos ou rastreabilidade. Mesmo quando os dados são acessados por meio de OPC, eles são estruturados pelos protocolos subjacentes do dispositivo. Portanto, eles não são padronizados entre ativos ou processos semelhantes, não possuem unidades padrão ou unidades de medida e carecem de contexto. Todos esses desafios podem ser resolvidos por alguém que conheça a maquinaria de produção e os dispositivos de automação que a controlam. A equipe de OT é a única equipe capaz e eficiente para decodificar os dados – e seus sistemas estão na borda. Limpar os dados na borda coloca o controle e a responsabilidade nas mãos da equipe mais capacitada e eficiente para realizar essa tarefa.

2.Otimizar a Manutenção do Sistema

Ao longo do tempo, a fábrica passa por mudanças – você introduz novos produtos, otimiza processos e substitui máquinas. Cada mudança afeta os sistemas de dados integrados em toda a organização. Agora, é necessário realizar atualizações em cada sistema individual que coleta, comunica e processa dados relacionados às mudanças no chão de fábrica. Este é mais um exemplo de como um sistema baseado na borda pode aumentar significativamente a eficiência: você só precisa manter um sistema. Por outro lado, com um sistema baseado na nuvem, a equipe de TI mantém as aplicações e integrações. Isso resulta em manutenção reativa quando os dados estão ausentes ou as integrações são interrompidas.

3.Fornecer uma Única Versão da Verdade

Lembra daquela reunião em que cada pessoa tinha uma interpretação diferente dos mesmos dados? Talvez a líder de operações tenha baseado seu relatório de Eficiência Global de Equipamentos (OEE) em um único turno de oito horas, enquanto a equipe executiva utilizou uma análise em nuvem que mediu a eficiência em um período de 24 horas. Ou talvez um executivo da cadeia de suprimentos tenha calculado um valor diferente para os custos de refugo em comparação com a equipe de operações, depois de extrair as informações de um lago de dados em nuvem em vez da plataforma MES.

Contextualizar os dados e definir métricas o mais próximo possível das máquinas significa que todos os sistemas que recebem os dados trabalharão com uma única fonte de verdade, em vez de realizar transformações personalizadas em cada sistema ao realizar a ingestão dos dados.

4.Reduzir Problemas de Latência

Limpar os dados é caro e lento. Certamente, você não deseja limpá-los várias vezes para diferentes aplicativos. Se você estiver enviando dados para a nuvem e depois reestruturando-os antes de enviá-los para outros sistemas, encontrará problemas de latência. Transmitir dados na borda reduz a latência comum em dados processados em lote na nuvem.Os sistemas em nuvem e empresariais não interpretam muito bem os dados operacionais. Geralmente, eles exigem que os dados sejam apresentados em um formato diferente, como pares de nome-valor, em vez do modelo operacional padrão de ID, valor, qualidade e registro de tempo. As ferramentas de modelagem baseadas na borda, projetadas especificamente para OT (tecnologia operacional), fornecem uma maneira padronizada de apresentar os dados para múltiplos sistemas em toda a organização, no formato e frequência desejados para o consumo, reduzindo a latência e o custo da limpeza em lote em cada sistema.

5.Minimizar Custos

Transformar dados na nuvem não é gratuito. Quando você envia “todos os dados de OT” para a nuvem sem casos de uso específicos ou planos, geralmente está lidando com mais pontos de dados do que realmente precisa. Isso aumenta a ingestão de dados, o armazenamento e a quantidade de largura de banda consumida. A limpeza na nuvem também requer processamento e armazenamento secundário, resultando em mais custos. Ao transformar dados na borda para um uso específico, você reduz o ônus sobre o seu sistema em nuvem, enviando apenas os dados necessários na frequência exigida para uso.

6.Garantir a Segurança dos Seus Dados

A segurança dos dados está relacionada à utilização de protocolos seguros, saber para onde os dados estão sendo enviados e minimizar a distância percorrida pelos dados e os sistemas pelos quais eles passam até chegar ao destino final. Ao longo do tempo, são estabelecidas integrações com diferentes sistemas. Saber quais sistemas estão acessando quais dados de quais sistemas é uma informação importante, mas raramente bem documentada. Adotar uma abordagem proativa para integrações de dados, em que um único sistema é o ponto central para todas as integrações de dados industriais, e os administradores são capazes de visualizar e gerenciar quais dados estão sendo enviados para cada sistema, é fundamental.

Os dados industriais começam no dispositivo. Minimizar a distância real que eles percorrem e tanto o hardware quanto as aplicações de software pelas quais passam é importante para garantir a segurança. Enviar todos os dados para um sistema em nuvem para serem limpos e, em seguida, baixados para uma aplicação local não apenas é caro e lento, mas também é menos seguro do que apenas rotear por meio da rede interna.

O sucesso da transformação digital depende da integração das tecnologias Edge-to-Cloud para fornecer dados relevantes de forma rápida e segura. Como Tony Antoun, vice-presidente sênior de Edge e Digital da GE Digital, disse à Automation World:

“Para viabilizar a transformação digital, você precisa desenvolver o lado do edge computing e conectá-lo com a nuvem – é uma jornada do edge para a nuvem e vice-versa, e o ciclo continua. Você precisa de ambos para enriquecer e impulsionar os negócios e aproveitar diferentes pontos dentro deste ciclo de vida virtual.”

*This blog post was originally posted in English on 17/12/20 on HighbyteThe post has been translated and reposted here with the express written permission of our partners at HighByte. Posted by John Harrington

*Este post foi originalmente postado em inglês em 17/12/20 no Highbyte O post foi traduzido e repostado aqui com a permissão expressa por escrito de nossos parceiros da HighByte. Postado por John Harrington